domingo, 25 de março de 2012

1º parte do capitulo 9 – A Incrível Surpresa

Já passou dois meses e á noite sou eu que já durmo, mas há ainda dois pirralhos acordados a jogar às cartas e a beber água e sumo de laranja. Eu vou de vez enquanto jogar com eles, mas eles jogam todas a noites e depois o Benji acorda tarde e depois vai para os treinos quase a dormir, isso é que mete piada, porque muitas vezes não acerta em uma, tenho que fazer alguma coisa para deixarem de jogarem á noite.
Já era Novembro, o meu irmão adora o Natal, mas ainda não chegou Dezembro. Esta semana vai estar mais frio do que as outras.
Eu, um dia fui a Berlim e passei por uma escola, foi a escola de condução, tive a falar com o senhor que estava lá e no próximo ano já posso tirar a carta.
Quando eu disse que esta semana iria ser fria, então eu tinha razão, iria ser fria, cheia de divertimento e tudo mais.
O Benji, o Karl e o Herman K. fizeram uma grande surpresa!
Bem tudo começou assim, estava a dormir muito bem, depois acordei com um pirralho a saltar em cima de mim e a fazer cócegas.
Leonor: Pirralho sai já daqui!!
David: Não me chames pirralho, olha que é pior!!
Leonor: Sai daqui, minhoca!!
David: Passastes os limites!!
Leonor: Oh lontrinha bebé horrorosa, SAI DAQUI!! Quero dormir!
David: SUPER ATAQUE DE CÓCEGAS!! (grita ele, quase acordar a casa toda. O Benji entra no quarto e mete-se na brincadeira.)
Benji: Também vou participar!
Leonor: Ahaha, parem! Parem!!
David: O Benji veio ajudar! Ehehe
Benji: Pois venho!
Pararam, eu estava debaixo da minha manta e eles debaixo da outra manta, porque eram duas. Nós paramos, porque o Kaltz vinha a subir as escadas, a preparar-se para fazer outro ataque de cócegas.
Herman: Benji! David! Leonor! Onde é que vocês estão? (dizia ele com uma voz matreira e pronto para fazer cócegas)
Herman: Três… Dois… Um… Apanhei-vos!
Ele saltou para cima de nós, como eu estava debaixo de todos eu levei com uma patada do Benji no peito, fiquei imediatamente com falta de ar e eu precisava da minha bomba, eles estavam distraídos a brincarem que eu sai dali e fui a correr para baixo e que eles nem me viram.
Entrei na cozinha, o Karl estava á espera do Herman k. e do Benji, ele viu-me ali aflita a procura de alguma coisa.
Karl: O que estás a fazer?
Leonor: Eu… não….chego…ali! (dizia eu ali a faltar o ar e a gaguejar a indicar onde estava a bomba de ar na prateleira que eu não chegava lá).
Karl: Eu ajude-te. (Foi ter comigo a correr, e pegou na bomba e deu-me). Estás melhor?
Leonor: Sim… (estava com a cara pálida e com a bomba na mão ao pé da boca).
Karl: Anda, vem para a sala.
Ele ajudou-me a ir para a sala, tivemos a falar para ter conversa em dia, o Benji, o David e o Herman K. ainda estavam lá em cima no ataque de cócegas. As minhas conversas entre mim e o Karl tinha sempre sorrisos nas nossas caras, podíamos falar poucas vezes, mas tinha sempre os olhos também focados num no outro.
Karl: … Pois… Olha, sabias que nós temos uma surpresa?
Leonor: Uma surpresa?!
Karl: Ham… Sim… oh bolas disse a ela o que não podia ter dito, agora tenho que a distrair, o Benji vai-me matar.
Leonor: Ok, e posso saber o que é? (eu disse isto e ele abana a cabeça de uma forma de dizer não.) Então é melhor não dizer ao meu irmão, ele vai fazer perguntas. Ahaha
Levantamo-nos e fomos ter com eles lá em cima, estava tudo fechado, janelas portas, e acho que faz parte da surpresa. Estávamos lá em cima e eles finalmente pararam, estavam suados e com os pijamas quase rotos.
Estávamos no quarto com um silêncio e olhamos uns para os outros.
Leonor: Bem, vou abrir a janela. (disse com um ar desconfiada)
Karl, Herman e Benji: Não!!
David: O que se passa?
Leonor: Bem, vamos para baixo acender uma vela?
Karl: Sim.
Benji: Sim, vamos.
Herman: Vamos.
Estavam os três só a repetir as palavras, afinal era mesmo a surpresa. Eu estou tão desejosa por saber, é que eu também sou curiosa como o David, mas queria disfarçar para não parecer mal.
Descemos as escadas e ainda continuava uma escuridão, o David e o Benji estavam de roupão, eu não, tinha-me esquecido lá em cima. O Karl e o Kaltz estavam com uma roupa estranha, estavam com casaco de inverno, mas porque será.
Benji: Bem, isto está tudo fechado por uma razão.
Karl: E que vocês vão ficar muito felizes e espantados!
Herman: Esta é a nossa surpresa. Que é esta semana toda!
O Benji tapou-me os olhos com as mãos, o Herman tampou os olhos do David, fomos andar o Karl abriu a porta e fomos para a rua, sentimos uma corrente de ar muito gelada.
Eles tiraram as mãos e era… estava… um monte de… neve, estava a nevar!
Nós os dois ficamos de boca aberto a ver a neve a cair, porque eu e o David nunca vimos neve, em Setúbal no Inverno nunca nevou, então esta foi a nossa primeira vez.
Benji: Estás a tremer.
Leonor: Não…trouxe...o roupão. (disse eu tremendo de frio)
Karl: Toma o meu casaco para não ficares doente.
Ele deu-me o casaco, o casaco dele estava quente, era comprido que quase chegava aos joelhos, ele ainda tinha outro casaco debaixo deste, por isso deu-me. Sentia-me que estava em casa, sentia-me que já tinha usado uma vez este casaco, mas eu não me lembrava. Ficamos muito tempo a olhar para a neve.
Herman: Bem, vocês só vão ficar a olhar? Ou querem ir desfrutar a neve?
Karl: Leonor, estão nos bolsos umas luvas, que são para ti e para o David.
Leonor: Ok, obrigada pela surpresa.
David: Boa! Eu quero ir para ali!
Fomos as correr para a neve, preparamos bolas para começar atirar, eu acertava em todos, eles também em mim. Fomos para o sítio do jardim, como agora está cheia de neve fizemos um boneco de neve. Eu e o Karl tivemos muito próximos um do outro, mais do que dantes, parecíamos que já tivemos juntos, mas de forma diferente.
Mandamo-nos para o chão fazer anjos, depois de estarmos cansados de fazer anjos paramos e começamos a olhar para o céu, com a neve a cair nas nossas caras, os pedacinhos nas nossas caras, parecia mágico eu estar ali a viver aquele momento. Passamos uma hora ali deitados na conversa e ao mesmo tempo atirar neve para o ar. Eu sentia-me quente com o casaco do Karl, sentia o cheiro dele, o perfume dele que usava neste momento e o seu calor, não havia palavras para descrever aquela sensação com a neve junto de nós.
A Lara chegou com um gorro e luvas, também sabia daquela surpresa, entrou e foi ter connosco deitou-se para o chão junto de mim e do David.
Lara: Desculpem o atraso. (disse com um ar de que perdeu a diversão toda)
David: Não faz mal, só passamos aqui uma hora deitados, depois ainda voltamos á guerra de bolas de neve.
Lara: Ahaha está bem.
Qual ela acabou de dizer isso o meu irmão começou a guerra de bolas, levei muitas e uma na cara, não doeu, estava feliz e nem queria saber da dor, corremos uns atrás dos outros e tudo caímos outra vez no chão de cansaço e ao mesmo tempo riamos.
Ulrich: MÍUDOS! Saiam dai do chão, vão-se lavar e vão-se vestir e tomar o pequeno-almoço, e depois disso vão às compras.
Todos: Aí não! Nós queríamos estar aqui.
Levantamo-nos com umas trombas, não queríamos fazer mais nada e estava muito frio, eu e a Rita fomos vestir-nos e tomar banho, fui primeira e depois foi ela, os rapazes tinham ido comer. Depois trocamos, eles foram se vestir e tomar banho e nós comer.
Estávamos vestidos com gorros e luvas e cachecóis para irmos às compras, fomos a pé. Levamos com uma carga de neve em cima, as nossas faces geladas. Chegamos ao Aldi (o nome do supermercado) e compramos muitas coisas, as empregadas ficaram a olhar
para nós, como éramos tão novos.

domingo, 18 de março de 2012

2º parte do capitulo 8 – Começa Hoje O Treino

Fui para casa a pensar nisso, a correr, estava a ficar cansada e o meu coração parecia que não aguentava mais, continuei a correr com aquela imagem na cabeça. Nunca sai, repetia, repetia, repetia, repetia, e nunca mais parava, o andar dele era especial quanto mais os olhos e o cabelo, os olhos azuis e cabelos loiros curtos, para mostrar a sua face.

Cheguei a casa um pouco abalada, pois eu estava a pensar só nele, eu tinha impressão que eu já o conheci antes, era só uma sensação.
Fui tomar banho e vesti-me, fui para a secretária do Benji, era numa sala lá em baixo ao pé da sala e ao lado de um quarto, era grande, estava mesmo bem decorada e armários cheios de livros, mapas e fotos do Japão, fotos de jogadores de futebol, parecia mais um 2ºquarto dele, o dele de lá de cima era muito mais arrumado.

Fiquei ali a pensar nele, ainda só tinha escrito duas frases no caderno, o quarto estava escuro, na janela quase não vinha um raio da luz com a janela fechada, ali eu estava sentada numa cadeira com rodinhas por baixo com a mesa á frente e em cima dela um candeeiro aceso para eu ver alguma coisa, o Benji chegou eu continuei ali sentada, ele viu uma luz acesa e foi ver o que se estava a passar, já era 13 horas, ele continuava ali a ver-me, parece que gostava de me ver concentrada. Já tinha começado a escrever á muito tempo já duas páginas, parei por um bocado e virei-me para a porta reparei no Benji.

Leonor: Desculpa, eu entrei aqui sem a tua autorização. (Tinha ficado corada, levantei-me e peguei no caderno e tudo e pus junto ao peito para conseguir levar as coisas.)
Benji: Não faz mal, podes estar ali. (Ele foi contra mim, pegou nas minhas coisas e pôs em cima da mesa, pegou-me na mão e levou-me para a cozinha para irmos almoçar)
O David e a Lara não voltaram, o que é que estarão a fazer, comemos esparguete á bolhanesa, mas atenção á maneira italiana, que bom!!! É o meu prato preferido àquela maneira. Ele foi para o treino da sua equipa, eu fui buscar o meu plano de treino para ele e fui acabar de escrever nele.
Já eram 18:45 e fui-me embora, estava a ir devagar sem pressa, mas o tempo já estava a ficar com o ponteiro nos 55 minutos.
Cheguei e eram 19:05.
Leonor: Desculpa Benji de ter chegado atrasada.
Benji: Ahahaah não faz mal. Vamos treinar sim.
Fomos fazer remates á baliza.
Leonor: Olha Benji, eu posso ser rapariga, mas o teu treinador pôs-me a treinar-te por uma boa razão. Defende esta.
Benji: Eu vou defender, isto vai ser fácil.
Leonor: Isto é um remate cheio de efeito, um que nunca viste, vais ficar bem entretido durante este remate.
A bola foi para o canto inferior direito, ao mesmo tempo ia para o canto superior esquerdo, o Benji ia atrás das bolas, nunca conseguia apanhar, fui ter com ele e peguei na bola com facilidade.
Leonor: Queres outro remate?
Benji: Sim, vamos a isto. (disse todo cansado e sujo)
Este remate não vi-o a bola, este bocadinho foi só para demonstrar como existiria remates de muitos países, estes era os remates que via, que estudava e que o meu pai me ensinava.

Fizemos muitos remates á baliza, tive que parar disse ao Benji para ir correr, dar algumas 20 voltas ao campo.
O meu irmão voltou e foi ele fazer os remates á baliza, o deles também eram diferentes, e entravam sempre na baliza, o David continuou a rematar e o Benji começou apanhar o jeito, começou apanhar as bolas, expliquei-lhe coisas ele já tinha começado a perceber como defender.

Fomos para casa, era hora de dormir, e voltei a não conseguir dormir, não sei porque.
Fui para a sala, e ele continuava lá e eu sem lhe ver.
Isto já estava a ser aborrecido.
Passou uma semana, nos treinos o Benji melhorou muito, fizemos coisas diferentes também. E á noite ainda era o mesmo, não conseguia dormir, fui para baixo ver televisão, sem caderno nem nada, desta vez dei com a presença do Benji.

Leonor: Benji, Benji!!
Ainda não respondia, nem acordava.
Deixei-o ali, sentei-me ao lado e fiquei a ver televisão. Começo a ouvir um som, era ele a mexer-se para se por sentado como deve ser no sofá.
Benji: Ouviste alguém a chamar-me? É que parecia uma deusa.
Leonor: Bem uma deusa… não!
Leonor: Não, não ouvi.
Benji: Ah ok… O que está aqui a fazer sentada? (Disse com uma voz de malandro e que sabia que estava sempre ali a semana toda).
Leonor: Eu… eu não consigo dormir.
Benji: Então posso fazer-te companhia?
Leonor: Sim, não há nada mais para fazer.

Ficamos ali sentados, depois ouvimos alguém a descer as escadas, era o David também não conseguia dormir. Ficamos ali os três sentados a ver televisão, enquanto o meu irmão teve sempre aquelas ideias.
David: Vamos jogar ás cartas!
Benji e Leonor: Está bem.

sábado, 10 de março de 2012

1º Parte do Capitulo 8 – Começa Hoje O Treino

Não fizemos mais nada até que á nossa frente mais ao fundo estavam 3 miúdos a jogar á bola, um miúdo chutou a bola, outro miúdo ia a correr para apanhar parecia guarda-redes eu virei para o meu irmão para se despachar. O rapaz que ia apanhar grita: CUIDADO!!
A bola ia directamente a mim, eu como tenho bons reflexos apanhei a bola na boa, abaixei e mandei com a mão a bola para o meu irmão, o meu irmão chuta e vai directamente a eles. Nós continuamos a andar como não se acontecesse nada. Fomos para “casa”, pois que a casa era do rapaz, lidamos logo muito bem com o Ulrich, é como o “mordomo” se chama. Depois de nós acabarmos o jantar fomos para a sala ver televisão, o rapaz chega.
- Ulrich, cheguei!
Ulrich: Olá Benji. Como foi o treino?
Benji: Bem, por acaso o Fred não ligou para cá?
Ulrich: Não. Porque?
Benji: Ele disse que vinha uma treinadora cá para ajudar-me a personalizar-me mais, mas ela ainda não voltou.
Ulrich: Ah! Vai á sala.
Benji: Ok. (Foi á sala) Oh, olá.
David: Olá, eu sou o David Maravilha.
Leonor: E eu sou a Leonor Maravilha, e vou se tua treinadora, pelo que o Fred disse.
Benji: Eu sou o Benji Price, muito prazer. Vocês vão ficar cá em casa não é?
David: Sim.
Leonor: Olha amanhã tens treino a que horas do Grunwald?
Benji: Ok, de manhã é das 9 às 11, depois á tarde é das 14 às 19.
Leonor: Boa, não faz mal treinarmos á noite?
Benji: Por mim não, o campo está aberto até tarde.
David: Então treinamos á noite.
Benji: Está bem.

Era tarde e fomos dormir, eu estava na cama sem fazer nada não tinha sono, desci as escadas e fui para sala, levei um caderno e um lápis, fui escrever e só tinha a televisão acesa, mas com o som baixo. Ao meu lado estava o Benji a dormir, não sabia nada da sua presença e também não fiz barulho. Ele acordou e eu estava concentrada a escrever no meu caderno que ele nem quis incomodar, ficou ali a olhar para mim de uma forma estranha. Deixei-me dormir no sofá. O Benji foi com cuidado para não me acordar, levantou-me e levou-me ao quarto.
Acordei na cama, foi muito estranho, porque só me lembro que adormecer no sofá, se calhar o meu irmão viu-me ali no sofá e levou-me para o quarto, isso logo se vê.
O Benji foi-se embora, quando acordei, já o tinha visto a sair.
Veio uma rapariga visitar-nos, não a conheço, mas o Ulrich apresentou-me.
Ulrich: Olá menina Lara, olha esta é a Leonor a nova treinadora do Benji.
Lara: Olá, eu sou a Lara, a assistente da selecção Europeia.
Leonor: Olá, eu so…
David: Oláaa, eu sou o David e sou irmão gémeo da Leonor. (ele tinha interrompido e ao dizer aquilo tinha os olhos focados na Lara. Disse tão rápido que não tive tempo de reagir.)
Leonor: Olá, eu sou a Leonor. Desculpa o meu irmão.
Lara: Não faz mal. (disse ela rindo corando)

Leonor: David, de repente ficaste… hipnotizado por ela?
David: Isso notou-se? Ela é tão bonita. (disse ele quase babando)
Leonor: Ahaha ai David, vais bem, vais.
David: O que é? (disse ele com uma cara de parvo)
Leonor: Nada, é que eu não te via assim á muito tempo, mas a sério, é bom ver-te assim.
David: Ah ok… Ela é tão lindaaa.

Lara: O que é que vocês vão fazer hoje?
David: Ham… (disse ele a coçar a cabeça para se lembrar de alguma coisa)
Leonor: Sei lá, eu ia escrever alguma coisa para o treino de hoje.
Lara: Ah está bem.
Leonor: Mas se fores algum lado, podias levar o David. Como eu vou estar ocupada.
David: Por mim pode ser.
Lara: Por mim também.
Leonor: Está bem, então divirtam-se.
David e Lara: Está bem.

Eles saíram juntos, não me apetecia já ir escrever, também ainda não tinha fome para o pequeno-almoço, então fui correr. Estava de legings (cor preta), com uma blusa comprida azul e com um casaco, aquele que já tinha á dois anos. Nunca o largava, era especial, já não me lembrava quem me deu, mas só sabia que era especial. Já estava a passar pelos campos onde o Benji estava a treinar, ele estava lá, parei para ver alguma coisa, mas só estava lá pouca gente por isso, continuei com a minha corrida lenta, para não me cansar.

Na minha corrida passei por um rapaz, nós olhamos nos olhos nos olhos. Comecei a andar, parecia que nos já tínhamos visto antes, olhamos um para o outro com um olhar doce, era instinto que nos levava a este momento, só não paramos de andar e de olhar, porque naquele momento tínhamos pressa, sentíamos isso. Via-se os nossos risos, os nossos olhos, o nosso andar, um sentimento, mas durou apenas 30 segundos.
Fui para casa a pensar nisso, a correr, estava a ficar cansada e o meu coração parecia que não aguentava mais, continuei a correr com aquela imagem na cabeça. Nunca sai, repetia, repetia, repetia, repetia, e nunca mais parava, o andar dele era especial quanto mais os olhos e o cabelo, os olhos azuis e cabelos loiros curtos, para mostrar a sua face.

Cheguei a casa um pouco abalada, pois eu estava a pensar só nele, eu tinha impressão que eu já o conheci antes, era só uma sensação.
Fui tomar banho e vesti-me, fui para a secretária do Benji, era numa sala lá em baixo ao pé da sala e ao lado de um quarto, era grande, estava mesmo bem decorada e armários cheios de livros, mapas e fotos do Japão, fotos de jogadores de futebol, parecia mais um 2ºquarto dele, o dele de lá de cima era muito mais arrumado.

Fiquei ali a pensar nele, ainda só tinha escrito duas frases no caderno, o quarto estava escuro, na janela quase não vinha um raio da luz com a janela fechada, ali eu estava sentada numa cadeira com rodinhas por baixo com a mesa á frente e em cima dela um candeeiro aceso para eu ver alguma coisa, o Benji chegou eu continuei ali sentada, ele viu uma luz acesa e foi ver o que se estava a passar, já era 13 horas, ele continuava ali a ver-me, parece que gostava de me ver concentrada. Já tinha começado a escrever á muito tempo já duas páginas, parei por um bocado e virei-me para a porta reparei no Benji.

Leonor: Desculpa, eu entrei aqui sem a tua autorização. (Tinha ficado corada, levantei-me e peguei no caderno e tudo e pus junto ao peito para conseguir levar as coisas.)
Benji: Não faz mal, podes estar ali. (Ele foi contra mim, pegou nas minhas coisas e pôs em cima da mesa, pegou-me na mão e levou-me para a cozinha para irmos almoçar)
O David e a Lara não voltaram, o que é que estarão a fazer, comemos esparguete á bolhanesa, mas atenção á maneira italiana, que bom!!! É o meu prato preferido àquela maneira. Ele foi para o treino da sua equipa, eu fui buscar o meu plano de treino para ele e fui acabar de escrever nele.
Já eram 18:45 e fui-me embora, estava a ir devagar sem pressa, mas o tempo já estava a ficar com o ponteiro nos 55 minutos.
Cheguei e eram 19:05.
Leonor: Desculpa Benji de ter chegado atrasada.
Benji: Ahahaah não faz mal. Vamos treinar sim.
Fomos fazer remates á baliza.
Leonor: Olha Benji, eu posso ser rapariga, mas o teu treinador pôs-me a treinar-te por uma boa razão. Defende esta.
Benji: Eu vou defender, isto vai ser fácil.
Leonor: Isto é um remate cheio de efeito, um que nunca viste, vais ficar bem entretido durante este remate.

sábado, 3 de março de 2012

Capitulo 7 – Veio o Verão E Ida Ao Brasil

Já passou dois anos e já tenho 15 anos. Eu ainda estava na escola, faltava uma semana para ser Verão. Eu odeio o Verão, há muita gente que goste, mas eu nem o meu irmão gostamos. Primeiro é aborrecido e segundo não se faz nada, ainda bem que vou para o Brasil, porque quando vamos lá é inverno, mas ao mesmo tempo está calor.
Hoje é o último dia, fui a uma festa, havia muito diversão e tudo mais. Depois voltei para casa.
Eram 3 da manhã e era o meu primeiro dia de férias. Acordo com um pirralho a chatear-me.
David: Leonor! Leonor! Acorda! Leonor!
Leonor: O que é?? Pára de me chatear.
David: Acorda, é para irmos para o Brasil!
Leonor: Já? Hoje? Agora?
David: Sim, Sim, Sim. O pai comprou para às 7 horas o voo.
Leonor: E tinhas que me acordar a esta hora, porque?
David: Tu demoras sempre uma eternidade a fazer as malas.
Leonor: Até parece.
David: Vá a levanta-te! Vá!
Levantei-me e fui fazer aquilo que faço todas as manhãs. Fiz as malas e fui para o aeroporto, era 7 horas e o altifalante já tinha falado do nosso voo.
Demorou horas a chegar e com aquele calor todo. Já chegamos e fomos para a rua. Não conseguimos ir apanhar um táxi para São Paulo, mas nós fomos a pé e fazer malandrices, coisas de irmãos.
Encontramos com uma pessoa no caminho.
David: Santana!
Leonor: Carlos!
Carlos (sempre com o seu ar de mal disposto): Olá. Vocês estão muito diferentes.
Leonor: Obrigada e tu estás cada vez mais alto.
Carlos: Pois é. O que estão cá a fazer?
David: Nós viemos visitar o nosso tio e pai, mas não sabemos onde é que eles se meteram.
Carlos: Mas eu sei. Eu posso levar-vos lá.
David e Leonor: Obrigada
Carlos: De nada.

Levou-nos até eles, eles estavam na praia a treinar o Oliver, o meu pai também lá estava. O Carlos foi logo embora, via-se na cara dele que não gostava do Oliver, porque ele é o grande filho de Deus do Futebol. Fomos ter com o Oliver, o David começou logo a falar com ele, ambos ficamos muito contentes por o ver. Os três disseram que nós estávamos diferentes, só foi o nosso cabelo que mudou muito o tom, quer dizer, ficou dourado, mais nada.
Fomos para casa, o Oliver ficou, numa espécie de hotel, mas diferente. Nesse mesmo quarto estava o Pepe. Ele é muito fixe.

Era de manhã e acordei primeiro que o meu irmão, fui dar uma volta fui a correr, mas de uma forma que não me cansasse, aliás já consigo mais ou menos controlar o batimento do meu coração.
Encontrei-me com o Treinador Fred no caminho parecia que ele quisesse falar comigo.
Fred: Bom dia.
Leonor: Olá.
Fred: Tudo bem?
Leonor: Sim. Mas o que faz por cá?
Fred: Queria falar contigo? (Nós sentamo-nos no banco que estava perto)
Leonor: O que é?
Fred: Eu gostava que fosse para Alemanha para treinares um guarda-redes.
Leonor: Eu? Você também já sabe?
Fred: Sim e foi o Senhor Katagiri me recomendou, sabes o meu rapaz precisa de estar mais concentrado na sua personalização.
Leonor: Oh mas eu não sei se sou a pessoa indicada, eu vou treinadora pela primeira vez. E na Alemanha não tenho sítio para ficar e ficar num hotel é um bocado chato.
Fred: Ah mas se aceitares eu já tinha tudo programado.
Leonor: Ham?! Se eu aceitar, já tinha casa? Mas o meu irmão iria comigo? Certo?
Fred: Sim, é claro. Ficavas na casa do meu rapaz, nós temos uma casa grande e chega perfeitamente para vocês.
Leonor: Eu tinha que passar primeiro por Portugal. Eu vou pensar primeiro.
Fred: Sim, tu tens ainda algum tempo. Eu deixo aqui o meu número e depois ligas-me quando tiveres a resposta.
Leonor: Está bem.

Cheguei a casa, contei logo ao meu pai e ao meu tio, eles gostaram da ideia, porque acharam com o potencial do meu “dom” seria bom ser treinadora. O meu irmão gostou, pois ele gosta muito de viajar. Liguei para o número do Fred, disse-lhe que aceitava. Ele gostou muito e ia para a Alemanha daqui a duas semanas.
Eu não me imaginava se treinadora, ou treinar alguém da minha idade ou uma idade mais velha.
Mas o Fred não me disse nada eu cada vez estou mais desconfiada, não sei se vai ser bom ou mau, mas arrisquei e aceitei.
Ainda vou ficar um tempo no Brasil e vou passar um bocado com o Carlos Santana, parece que mudou um bocado da última vez que o vi e já lá vai uns quatro anos.
Fui ao estádio com o meu irmão, vimos o Carlos a treinar, não parecia bem-disposto
como sempre. Eu não percebo qual é o problema dele, ele nunca sorri, quando éramos pequenos ele fartava-se de rir com a avó e o avô dele, mas morreram os dois ao mesmo tempo.

Já passou muito tempo desde que chegamos ao Brasil. Daqui a pouco tempo vou embora para Portugal e depois para a Alemanha.
Hoje era o último dia que estava no Brasil, despedi-me de todos, fui para o aeroporto e fui-me embora.
Cheguei a Portugal, fui a casa e parti logo de viajem, tinha mais malas do que tinha levado ao Brasil, aliás, agora vou viver na Alemanha. Cheguei a Alemanha, estava tão cansada que não fui já para casa do rapaz que irei treinar e fui para um hotel.
Acordei á uma da tarde, o meu irmão tinha saído do quarto, acho que foi almoçar também sai do quarto, fui toma um duche, vestir-me e fui comer, não encontrei lá o meu irmão, não sei aonde se meteu. Voltei fui lavar os dentes e depois disso fui buscar a minha mala para ir dar um passeio e ver-se o encontro. Sai do hotel, não foi difícil ir procura-lo porque ele estava no jardim á frente do hotel, ele tinha uma cara confuso e não sei porque. Ele deveria adorar de cá estar.
Leonor: O que se passa mano?
David: Já acordaste, estava aqui a pensar, se não conheceria este lugar.
Leonor: Ahaha, porque?
David: Sei lá, parece-me familiar.
Leonor: Ah ok. Já comeste por acaso?
David: Sim, por acaso, fui logo o primeiro a chegar para ir comer.
Leonor: Comilão. Queres ir dar uma volta pelo jardim. Para ver-se animas.
David: Ok.
Fomos dar um passei, fomos também á praia para fazer uma pequena diversão.
Fomos comer um gelado para o lanche, como era verão podemos ir fazer coisas divertidas.
Já era de noite, fomos para o hotel, liguei para o Fred para perguntar onde era mesmo a casa do rapaz, ele disse-me que era perto dos campos dos Grunwald, era uma casa grande.

Acordamos tarde, outra vez, mas desta vez ao meio-dia perguntei á recepcionista onde era no mapa os campos do Grunwald, ela disse-me onde era e fomos, foi fácil encontrar, mas ele não estava em casa e nós entramos na mesma. O homem que nos abriu a porta era de uma espécie de “mordomo”, mais ou menos para tomar conta do rapaz ele foi bem simpático para nós, já sabia que nós vínhamos, disse os quartos onde ficávamos e disse que agora íamos ser uma ”família”. Nós depois disso fomos ver os campos, lá vimos eles a treinar, como não sabíamos quem era fomos embora eu ia á frente e o David atrás.
E não fizemos mais nada.